Valium
Valium A administração de benzodiazepínicos é eficaz no tratamento da abstinência, pois reduz a severidade e a incidência de
convulsões e delírio.
28 Alguns clínicos preferem diazepam, por causa de sua meia-vida longa e a possibilidade de
retirada mais branda.
29,30,31
O uso de alprazolam foi tão efetivo quanto o diazepam no tratamento da abstinência de álcool.
32
Abstinência de benzodiazepínicos
A administração de diazepam para desintoxicação de pacientes com uso abusivo de outros benzodiazepínicos tem sido
eficaz.
33
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3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Farmacodinâmica
Mecanismo de ação
Diazepam faz parte do grupo dos benzodiazepínicos que possuem propriedades ansiolíticas, sedativas, miorrelaxantes,
anticonvulsivantes e efeitos amnésicos.
Sabe-se atualmente que tais ações são devidas ao reforço da ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), o mais
importante inibidor da neurotransmissão no cérebro.
Farmacocinética
Absorção
Diazepam é rápida e completamente absorvido no trato gastrintestinal após administração oral, atingindo a concentração
plasmática máxima após 30 – 90 minutos.
Distribuição
Diazepam e seus metabólitos possuem alta ligação às proteínas plasmáticas (diazepam 98%). Eles atravessam as
barreiras hematoencefálica e placentária e são também encontrados no leite materno em concentrações que equivalem a,
aproximadamente, um décimo da concentração sérica materna (vide item “Gestação e lactação”). O volume de
distribuição no estado de equilíbrio é de 0,8 – 1,0 L/kg. A meia-vida de distribuição é de até três horas.
Metabolismo
Diazepam é principalmente metabolizado em substâncias farmacologicamente ativas, como o nordiazepam (Ndesmetildiazepam), temazepam (hidroxidiazepam) e oxazepam.
O metabolismo oxidativo de diazepam é mediado pelas isoenzimas CYP3A e CYP2C19. Oxazepam e temazepam são
posteriormente conjugados ao ácido glicurônico.
Eliminação
O declínio da curva de concentração plasmática/tempo do diazepam após administração oral é bifásica: uma fase de
distribuição inicial rápida e intensa, com uma meia-vida que pode chegar a três horas e uma fase de eliminação terminal
prolongada (meia-vida de até 48 horas).
A meia-vida de eliminação terminal do metabólito ativo nordiazepam é de, aproximadamente, 100 horas, dependendo
da idade e da função hepática. Diazepam e seus metabólitos são eliminados principalmente pela urina (cerca de 70%),
predominantemente sob a forma conjugada. O clearance de diazepam é de 20 – 30 mL/min.
Farmacocinética em condições clínicas especiais
A meia-vida de eliminação pode ser prolongada nos idosos e nos pacientes com comprometimento hepático, devendo-se
lembrar que a concentração plasmática pode, em consequência, demorar para atingir o estado de equilíbrio dinâmico
(“steady-state”). Na insuficiência renal, a meia-vida do diazepam não é alterada.
Segurança não-clínca
Carcinogenicidade
O potencial carcinogênico de diazepam oral foi estudado em várias espécies roedoras.
Aumento na incidência de tumores hepatocelulares ocorreu em camundongos machos. Não houve aumento significativo
na incidência de tumores em camundongos fêmeas, ratos, hamsters ou outros roedores.
GenotoxicidadeUm número de estudos proporcionou uma fraca evidência de um potencial mutagênico, em altas
concentrações, que estão, entretanto, acima das doses terapêuticas em seres humanos.
Estudos reprodutivos em ratos mostraram diminuições no número de gestações e no número de sobreviventes da prole,
seguindo administração de doses orais de 100 mg/kg/dia, antes e durante o cruzamento e por toda a gestação e lactação.
Toxicidade reprodutivaDiazepam foi considerado teratogênico em camundongos em níveis de dose de 45 – 50 mg/kg,
100 mg/kg e 140 mg/kg/dia, assim como em hamsters, em 280 mg/kg. No entanto, essa droga não se mostrou
teratogênica em 80 e 300 mg/kg/dia, em ratos, e em 20 e 50 mg/kg/dia, em coelhos (vide item “Gestação e lactação”).
4. CONTRAINDICAÇÕES
Valium®
não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade aos benzodiazepínicos ou a qualquer excipiente
do produto, glaucoma de ângulo agudo, insuficiência respiratória grave, insuficiência hepática grave (pois os
benzodiazepínicos podem levar à ocorrência de encefalopatia hepática), síndrome da apneia do sono ou miastenia
gravis. Benzodiazepínicos não são recomendados para tratamento primário de doença psicótica. Eles não devem ser
usados como monoterapia na depressão ou ansiedade associada com depressão, pela possibilidade de ocorrer suicídio
nesses pacientes.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos de idade.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Uso concomitante de álcool/depressores SNC
O uso concomitante de Valium®
com álcool e/ou depressores do SNC deve ser evitado. Essa utilização concomitante
tem potencial para aumentar os efeitos clínicos de Valium®
, incluindo possivelmente sedação grave, que pode resultar
em coma ou morte, depressão cardiovascular e/ou respiratória clinicamente relevantes (vide item “Interações
medicamentosas” e “Superdose”).
Histórico médico de abuso de álcool ou drogas
Valium® deve ser usado com muita cautela em pacientes com história de alcoolismo ou dependência de drogas.Valium
Valium® deve ser evitado em pacientes com dependência de depressores do SNC, incluindo álcool. Uma exceção à
dependência de álcool é o gerenciamento das reações agudas de retirada.
Insuficiência hepática: os benzodiazepínicos podem contribuir para a ocorrência de episódios de encefalopatia
hepática em pacientes com insuficiência hepática grave. Deve-se ter especial cuidado ao administrar Valium®
em Valium
pacientes com insuficiência hepática leve a moderada.
Reações psiquiátricas e “paradoxais”: reações psiquiátricas como inquietude, agitação, irritabilidade, agressividade, Valium
ansiedade, delírios, raiva, pesadelos, alucinações, psicoses, comportamento inadequado e outros efeitos adversos
comportamentais podem ocorrer com o uso de benzodiazepínicos. Quando isso acontece, deve-se descontinuar o uso do Valium
medicamento. Esses efeitos são mais prováveis em crianças e idosos.
Amnésia: deve-se ter em mente que os benzodiazepínicos podem induzir a amnésia anterógrada, que pode ocorrer com Valium
o uso de doses terapêuticas, com aumento do risco em doses maiores. Efeitos amnésicos podem estar associados com
comportamento inapropriado.
Tolerância: pode ocorrer alguma redução na resposta aos efeitos dos benzodiazepínicos, após uso repetido de Valium®
,
por período prolongado.
Intolerância à galactose: pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose (a deficiência Lapp de
lactase ou má absorção de glicose-galactose) não devem tomar esta medicação e deverão falar com o médico, pois Valium®
possui lactose em sua composição.
Abuso e dependência
Dependência: o uso de benzodiazepínicos e similares pode levar ao desenvolvimento de dependência física ou
psicológica(vide item “Reações adversas”). O risco de dependência aumenta com a dose e duração do tratamento. É
maior também em pacientes com histórico médico de abuso de drogas ou álcool. Abusos foram relatados em usuários de
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